Sim, eu sei, a este ponto você deve estar pensando: Outro salar?? Mais sal?? Já vi tantos, pra que ver mais um?
Bom, eu mesma fui neste apenas da segunda vez que visitei o Atacama, até porque estava muito caro da primeira vez que eu fui. Em 2011 o passeio não era realizado por muitas agências, ele só se tornou um pouco mais popular de uns tempos pra cá. Mas acho que continua sendo um dos tours mais roots e rústicos do Deserto do Atacama.
Enfim, eu acho que o passeio vale a pena sim e também acho que as fotos por si só convencem (pra mim, aqui é o 2º lugar no prêmio de melhor paisagem do Deserto do Atacama, depois das Lagunas Altiplânicas). Inclusive, eu (ênfase em mim) acho o Salar de Tara muito mais legal que o Salar do Atacama!
O Salar de Tara também se encontra dentro da Reserva Nacional dos Flamingos e em sua entrada você dá de cara com umas pedras (rochas, na verdade) com formatos interessantes e são chamadas de Monjes de la Pacana, sendo a mais famosa, a Pedra do Índio. Também chamam essas formações de “Moais do Atacama”, mas gente, eu não consigo enxergar um moai aí!
Foi um passeio que eu fiz só uma vez, em 2012, portanto não sei como as agências têm feito ele. Na época, eu fiz esta aventura com um guia particular (Felipe, que mencionei no post sobre agências) e andamos praticamente de off road no meio do deserto, porque você não consegue acessar o Salar pela estrada (sim, você tem que ser forte para grandes emoções!). Tem hora que parece que você vai cair no meio de um abismo, mas não (ufa!). Para quem já foi, assemelha-se muito aos passeios de bug nas dunas do Nordeste Brasileiro, mas com mais areia e eu diria até mais emoção!
No meio do caminho você vai observando as diversas formações rochosas existentes, denominadas Catedrais de Tara. Tais formações ocorreram com as cinzas de erupções vulcânicas.
E quando você chega no Salar de Tara, é uma paz e uma beleza tão grande e com uma quantidade de flamingos muito maior que a do Salar do Atacama.
Até onde fiquei sabendo esta é uma atração aberta ao público relativamente recente com relação às demais, então o lugar ainda não conta com muita infra estrutura (na verdade não tem nenhuma), então não se assuste se não tiver banheiro e você tiver que ir num matinho qualquer… (sim, aconteceu comigo!)
Dados interessantes: É um dos passeios com maior altitude do Deserto, com 4.400m (só perde pros vulcões), portanto, ande com calma para não sentir os efeitos do soroche. Pela dificuldade de transporte, é um dos tours mais caros (mas não há taxa de entrada). As recomendações de sempre também servem aqui: óculos de sol, protetor solar, muita água e leve comprimidos para dor de cabeça para qualquer caso. Vá com uma roupa corta vento, eu passei um pouco de frio porque não estava preparada pra tanto vento nesse dia (e era verão, então tome cuidado redobrado no inverno). Ainda, as agências costumam oferecer café da manhã e almoço, mas leve um lanchinho para se garantir!